quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Radioamadorismo: Serviço à Humanidade



Estou publicando aqui o artigo que o colega radioamador Ivan Dorneles Rodrigues - PY3IDR escreveu destacando a importância do Radioamadorismo.






RADIOAMADORISMO
MUITO MAIS QUE UM PASSATEMPO: UM SERVIÇO À HUMANIDADE



Por Ivan Dorneles Rodrigues - PY3IDR



Pioneiros, amantes da pesquisa, fiéis servidores da comunidade. Estes são alguns dos adjetivos que podem receber os radioamadores. Um hobby que teve início em meados do século XIX.



A História



Foi o inglês James Maxwell que previu através de estudos matemáticos, em 1864, a existência das ondas de rádio. Em 1896, o italiano Guglielmo Marconi consegue captar sinais telegráficos a centenas de metros de distância, criando assim o telégrafo sem fios.


Três anos antes de Marconi, em 1893, um gaúcho surpreende diversos paulistas com suas demonstrações públicas de envio de mensagens à distância, em telegrafia e fonia, sem fios, por ondas eletromagnéticas e ondas luminosas, com aparelhos de sua invenção. O cientista era o padre Roberto Landell de Moura, um pesquisador nato que por seu pioneirismo tornou-se o "Patrono dos Radioamadores do Brasil".



Padre Landell de Moura - Cientista Patrono do Radioamadorismo no Brasil



Aqui no Rio Grande do Sul, a primeira transmissão que se tem conhecimento foi em São Francisco de Assis, em 1925. O radioamador era Tyrteu Rocha Vianna - SB3QA, que para poder se comunicar através de ondas de rádio, construiu seu próprio equipamento. Naquele tempo, apenas fazendeiros e pessoas da alta sociedade eram radioamadoras. Elas tomavam conhecimento do "novo" meio de comunicação em viagens feitas ao centro do país ou ao exterior, de onde alguns traziam as aparelhagens.



O Radioamadorismo, desde o princípio, ganhou destacada reputação por facilitar as comunicações durante emergências, catástrofes, epidemias e diversos outros fatos. A comunicação através destes equipamentos funciona com rapidez e eficiência. Nestes momentos é bastante comum entrarem em cena os Radioamadores, que consideram essa assistência um dever e estão sempre prontos para servir à humanidade.



Como gentlemen e ladies, ao iniciar um contato com outro colega, os radioamadores pedem licença. No final da comunicação, agradecem pela oportunidade e companhia. São verdadeiros embaixadores anônimos de seus países.






A Técnica




Os radioamadores podem utilizar diversas técnicas para a transmissão e recepção de sinais radioelétricos através de suas estações, tudo depende do interesse do usuário.

Os equipamentos podem ir desde sofisticadas parafernálias auxiliadas por computadores e acessórios diversos, até às estações com pequenos transmissores montados em latas vazias de goiabada. É claro que tudo isso altera a potência atingida pelo aparelho.

As instalações não precisam ser necessariamente feitas em um ambiente fixo. Elas também podem ser engendradas em automóveis, aeronaves, barcos, até mesmo em incomuns dirigíveis.


Para ser um usuário do Serviço de Radioamador é preciso ser cidadão brasileiro e ter, no mínimo, dez anos de idade. Tendo estes pré-requisitos, o próximo passo é tirar o Certificado de Operador de Estação de Radioamador (COER). Os exames para adquirir o certificado são realizados periodicamente pela LABRE (Liga de Amadores Brasileiros de Rádio Emissão) ou pela ANATEL (Agência Nacional de Telecomunicações. )

A LABRE é a entidade que coordena o Radioamadorismo no Brasil. Ela é filiada a IARU (International Amateur Radio Union) - a associação internacional de Radioamadores.


Fonte: Grupo ContraPLC



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