sábado, 23 de maio de 2009

Radiodifusores querem mais proteção contra PLC


A regulamentação do PLC (Power Line Communication), serviço de banda larga por rede elétrica sofreu críticas hoje no 25º Congresso Brasileiro de Radiodifusão, que acontece em Brasília. Engenheiros especialistas afirmaram que o serviço interfere nas transmissões de rádios de Ondas Médias e Ondas Tropicais, podendo prejudicar também as transmissões de TV aberta.

Já a representante da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), Diana Tomimura, disse que a agência absorveu as experiências de outros países, estabelecendo regras preventivas para limitar potências e faixas de exclusão. Ela disse que o sistema está em operação experimental desde 2006, em Porto Alegre, sem que tenham sido registrados problemas de convivência entre os sistemas, mesmo usando equipamentos de PLC de 1ª geração.

O engenheiro da TIM, Sérgio Neiva, relatou os testes feitos com a tecnologia em Goiânia no ano de 2006, com a participação da Anatel. Ele disse que os resultados comprovaram que o PLC promove interferência em transmissões de rádios em Onda Curta e que a radiação não intencional ultrapassa os níveis de segurança estabelecidos pela UIT (União Internacional de Telecomunicações). Neiva, que participou dos testes como representante da Abert, reconheceu que os equipamentos usados eram de 1ª geração e que novos experimentos devem ser feitos com os aparelhos mais avançados, que já dispõem de filtros, o PLC 2.

O engenheiro Flávio Archangelo, da Universidade Metodista, disse que o PLC é interfere devido a sua própria estrutura da rede elétrica, fios não isolados e ligações clandestinas (gatos), além de o serviço ser prestado de forma permanente. Ele defende a inclusão das faixas de Ondas Tropicais e Ondas Médias entre as protegidas pela regulamentação, que, atualmente, só atende as faixas usadas pelas Forças Armadas. E a criação de um grupo de trabalho para trocar informações sobre interferências. “Mais de 140 concessões de radiodifusão em ondas curtas e ondas tropicais ficam ameaçadas com a proposta do PLC”, adverte.

A gerente de Engenharia da Rede Globo, Ana Eliza, disse que testes realizados no Canadá comprovaram a interferência do PLC no sinal de televisão. Ela defende a exigência, pela Anatel, de certificação dos equipamentos a serem utilizados no serviço.

O uso comercial do PLC, embora já regulamentado pela Anatel, ainda depende da aprovação de regras pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica). A matéria já esteve em consulta pública e o parecer final deve ser votado até julho.

Fonte: Lúcia Berbert - TeleSíntese
http://sbtvd.cpqd.com.br/?obj=noticia&mtd=detalhe&q=14636


Comentários: E a LABRE está fazendo o que para preservar as faixas de 160m e 80m que não estão incluídas nas faixas de exclusão?

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