quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Satelite metereologico será desativado

Para minimizar prejuízos e perigos dos eventos climáticos extremos, que devem aumentar em número e intensidade com o aquecimento global, país precisa investir em equipamentos e pesquisas ligadas a previsão do tempo

Secas drásticas e chuvas torrenciais ocorrendo em paralelo a alguns quilômetros de distância já são sentidas em estados brasileiros como Santa Catarina e, com o aquecimento global, tais fenômenos devem se tornar mais freqüentes e intensos. Para minimizar os impactos humanos, sistemas eficientes de previsão meteorológica são imprescindíveis, porém o Brasil ainda precisa avançar para estar preparado para reagir ao que pode vir pela frente.

“Nossos radares precisam ainda de muitos investimentos. O Brasil não tem satélite meteorológico próprio e o que usamos (GOES) foi emprestado pelos EUA e será desativado no final do ano”, afirmou o coordenador do Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC) do INPE, Luiz Augusto Toledo Machado, durante o seminário “Mudanças Climáticas e Desastres Naturais em Santa Catarina”, realizado na última sexta-feira (14).




Uma rede de radares é um instrumento básico da previsão imediata, explicou Machado, permitindo prever a curto prazo e mitigar os efeitos dos desastres naturais. “Sendo um país em desenvolvimento, sem muitos investimentos na área, nós estamos fazendo muita coisa. Mas por o país ser uma potência ecológica, ainda precisa de muitos investimentos.”

Hoje o Brasil tem cerca de 25 radares, enquanto que os Estados Unidos, por exemplo, tem 150. Machado disse ainda que os radares brasileiros não trabalham em rede e muitos nem compartilham os dados com outras instituições. Ele citou o Sistema de Vigilância da Amazônia (SIVAM), usado para monitorar o espaço aéreo da Amazônia, que tem 10 radares, porém o qual não envia imagens em tempo real para a equipe do CPTEC/INPE.


Matéria continua no site Planeta Verde

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