ROS é um relativamente novo modo digital. Segundo seu autor, o Radioamador espanhol José Alberto Nieto Ros EA5HVK, o ROS é capaz de decodificar sinais de até -35dB abaixo do nível de ruído utilizando uma largura de banda de 2,2kHz. O ROS permite taxas de transmissão de 4, 8 e 16 bauds e sincronismo automático na recepção com qualquer taxa.
O ROS, assim como outros modos digitais, necessita de um software instalado no computador e uma interface para ligar a entrada e saída da placa de som ao transceptor. O software para a prática desta modalidade pode ser baixado do site do autor.
Interface do software ROS sendo executado no Windows XP |
Além da capacidade de decodificar sinais muito fracos, o software criado para codificação e decodificação dos sinais, possui algumas funções interessantes, dentre as quais pode-se destacar:
- Envio por e-mail de relatório de recepção - caso o emissor de sinal transmita seu endereço de e-mail;
- Bate-papo via internet com outros usuários do software ROS;
- Operação remota a partir de outro computador conectado na Internet;
- Operação automática como beacon reverso: todo computador rodando o ROS transmite uma lista de estações sendo recebidas para o site PSK Reporter;
- Operação prevista também na banda de 11m, o que é ilegal em muitos países, incluindo o Brasil.
Site pskreporter.info mostrando os QSOs sendo realizados com o modo digital ROS |
Apesar de todas as características atrativas do ROS, a ARRL tem criticado fortemente o novo modo digital. A ARRL alega que o ROS utiliza o espectro eletromagnético de forma ilegal de acordo com as regras do FCC - entidade de regulamenta a utilização do espectro eletromagnético nos Estados Unidos.
Muitos radioamadores norte-americanos saíram em defesa do ROS alegando que o mesmo não fere as regras do FCC. A respeito deste assunto, a CQ Magazine e a Wireless Practical Magazine publicaram matérias que defendem a legalidade do ROS Modem nos Estados Unidos.
Artigo sobre o ROS na revista britânica Practical Wireless |
Uma outra fonte de críticas é o fato que o algoritmo do ROS não é código aberto, o que contraria o espírito de liberdade do Radioamadorismo e impede que outros programadores incorporem o ROS em seus programas.
Mesmo com todas as críticas e controvérsias criadas pela a ARRL a respeito da legalidade do ROS nos Estados Unidos, a entidade norte-americana aceita confirmações de QSOs utilizando o ROS para seus diplomas como o DXCC.
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