Isso que você está vendo, acima e abaico, é a reprodução de um QSL.
Essas três letras significam a confirmação de que houve um QSO. Difícil?
Só para quem não é radioamador. Quando você tenta, e consegue, se
comunicar através das ondas do rádio com alguém, isso é um QSO. Aí,
então, você vai numa agência dos Correios e envia um cartão-postal, para
o endereço de quem você falou, confirmando que estiveram conectados,
isso é um QSL. Pode parecer estranho, e coisa de uma época em que as
comunicações eram difíceis. Errado. Se em 1941 o radioamador dono desse
cartão, Humberto Petrucci, enviou ao seu companheiro PY2QK o atestado
de que sua transmissão foi recebida, no dia 10 de outubro às 21h30min,
hoje esse ritual ainda existe. Se você acha também que em tempos de
telefonia móvel o radioamadorismo caminha para a extinção, errou de
novo.
Pelo menos é o que nos informa o orgulhoso presidente da Liga de
Amadores Brasileiros de Rádio-Emissão do RS (LABRE-RS), Francisco Aito
Vitorino: “São 250 provas de ingresso por ano, só aqui em nosso Estado, e
2.750 radioamadores no RS”, revela ele. Se antes um transmissor a
válvula podia pesar mais de 30 kg, hoje um com a mesma potência pesa
menos de 1 kg.
Em novembro, haverá o 62º Rancho do Radioamador Gaúcho,
uma espécie de congresso que reúne os aficionados. Só o fascínio
explica. Assim como fotógrafos contemporâneos que fazem daguerreótipo,
ou o pessoal que continua correndo a maratona, mesmo não sendo portador
da urgente e relevante mensagem que o soldado grego carregava. Hoje
bastaria um tweet: #AtenasVenceu #PersasDerrotados
Fonte: Jornal Zero Hora
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