Fonte:
Site do Podcast QTC Brasileiro
LABRE-DF e o Serviço de Internet via Rede Elétrica - BPL/PLC
Julio Cesar Freitas de Sousa – PT2JC
Presidente da LABRE-DF
Podcast Nº 052 - 20/10/2008
Nesta edição: na Coluna do Daniel matéria com Carlos PY2ATT, Carlos fala sobre a FEIRACOM, na coluna de Alda PP5ASN, Alda fala sobre a participação dos Radioamadores na OKTOBERFEST. Coluna sobre DXISMO, do radioamador Ulysses Galletti PY2UAJ, abordando assuntos referentes a RADIOESCUTA E DXISMO Brasileiro e Internacional.
Participantes: Daniel PU6ESE, Alda PP5ASN, Ulysses PY2UAJ, e Carlos PY2ATT.
Internet pela rede elétrica no Brasil (PLC) ATENÇÃO !
Ainda não há data para que a consulta pública seja realizada, mas esse é o primeiro passo para que o Brasil tenha uma regulamentação para essa nova modalidade de conexão, que usa a infra-estrutura de redes elétricas em conexões que podem chegar a 200 Megabits por segundo (Mbps). Hoje, a velocidade mais alta disponível no País não passa de 30 Mbps.
Pedro Luiz de Oliveira Jatobá, presidente da Associação de Empresas Proprietárias de Infra-Estrutura e Sistemas Privados de Telecomunicações (Aptel), defende a adoção da tecnologia Power Line Communication (PLC) no Brasil há anos e comanda testes que a entidade realiza em locais de baixa renda.
Agora, ele afirma já ter "uma expectativa concreta" de que o sistema se massifique no Brasil em cerca de um ano.
De acordo com o executivo, que também atua na Eletrobras, "há vários grupos interessados com investimentos previstos só aguardando essa regulamentação".
Jatobá afirmou estar acompanhando de perto o desenrolar do assunto na Anatel e lembra que, no caso da conexão conhecida como "indoor" - só dentro de um determinado ambiente - já existem exemplos de uso em hotéis e edifícios comerciais porque essa modalidade não depende de regras da agência.
"Agora isso poderá se massificar nas residências", acredita o executivo, já que a popularização pode baratear os custos dos equipamentos e se tornar uma opção a mais de conexão.
Onde ficam os Radioamadores nessa história ?
Isto é a pior coisa que pode haver para ondas médias e ondas curtas devido ao ruido gerado. Não se escuta nada, só QRM. É o fim das transmissões e recepções em HF e parte do VHF. Isso ainda não foi entendido pelas autoridades do setor, esquecendo que serviços de segurança como aviação e principalmente as Forças Armadas do Brasil serão os primeiros atingidos !
Foi achado no site da ANEEL (Agencia Nacional de Energia Elétrica) um estudo sobre o assunto onde fica estampado a total falta de despreparo dos fabricantes e dos interessados na regulamentação do serviço que só trará problemas para toda a faixa de HF. Leia o arquivo abaixo:
Você está pronto para ser interferido por instalações elétricas deste "gabarito"? (Clique na imagem para ampliá-la)
A empresa japonesa Panasonic está de olho na regulamentação do serviço de banda larga pela rede elétrica no mercado brasileiro. A companhia trouxe seus modems para conexão pela tecnologia Power Line Communication (PLC) e está testando o serviço em Barreirinhas (MA), em parceria com a Associação de Empresas Proprietárias de Infra-estrutura e Sistemas Privados de Telecomunicações (Aptel).
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) colocou em consulta pública nesta semana uma proposta para regulamentar o serviço de internet pela rede elétrica no país.
Como explicou Eduardo Kitayama, consultor técnico de vendas da Panasonic Brasil, a empresa colocou três equipamentos em Barreirinhas, em uma biblioteca pública, em um restaurante e em uma loja, onde as conexões estão sendo feitas a uma velocidade de 200 Mbps -- hoje as velocidades mais altas no país são a 30 Mbps.
Outros testes devem ser iniciados em 2009, segundo ele, também em parceria com a Aptel. Em Recife (PE), por exemplo, elas deverão testar o PLC em um novo empreendimento imobiliário que está em fase de construção.
Antes mesmo da regulamentação, algumas concessionárias de energia já realizaram testes da tecnologia em suas regiões. Esse é o caso, por exemplo, de estados como Rio Grande do Sul, Paraná e São Paulo.
BRASÍLIA - Um relatório produzido pela ouvidoria da Anatel coloca em xeque o serviço o órgão regulador.
“Após dez anos de criação, a Anatel, por não cumprir ou não fazer cumprir integralmente os propósitos que justificaram a sua criação, vive, a nosso ver, uma relevante crise existencial”, diz Santos, apontando diversas causas e fatos para isso.
As principais críticas são a falta de competitividade – o consumidor não tem opções de escolha de operadora nas assinaturas de telefone fixo; a ausência total de planos para a telefonia rural; os reajustes elevados da assinatura básica; e o alto preço pago pelo serviço de banda larga.
De acordo com o relatório, em 1998, as assinaturas básicas de telefone fixo custavam cerca de R$ 13. Hoje elas saem por R$ 40 aproximadamente. Em dez anos, um reajuste de 200%, enquanto o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA - a inflação oficial) do período foi de 83%.
“Ou seja, somente a assinatura básica é responsável por mais de 50% do lucro das companhias telefônicas, que se valem do atual modelo tarifário e do monopólio local em detrimento da sociedade", comenta Santos. "O faturamento do setor já ultrapassa R$ 130 bilhões por ano”, acrescenta.
O ouvidor também destaca os altos preços da internet banda larga. “Com baixos investimentos, as concessionárias dominam esse outro mercado regional praticamente sem concorrência. Cobra altos preços e tarifas elevadas dos usuários pelos acessos que operam em velocidades limitadas”, disse, ao acrescentar que isso só dificulta o acesso dos brasileiros à internet.
O relatório também cita a falta de um plano para a telefonia rural. “É uma dívida da qual a Anatel não pode se esquivar”, diz o texto.
O documento também aponta as causas do fracasso do Aice, que seria o telefone fixo pré-pago e com assinatura básica mais baixa. Segundo o ouvidor, as concessionárias, temendo uma grande migração de usuários, estabeleceu com o consenso da Anatel tarifas inibidoras para esse produto, o que gerou grandes obstáculos à sua viabilidade.
Depois de concluir que “a Anatel não tem correspondido às expectativas e demandas da sociedade”, o relatório sugere a criação de uma empresa nacional de telecomunicações e critica as privatizações, "em fatias", do antigo Sistema Telebrás.
“A existência de uma empresa nacional robusta, com capacidade de concorrer com as outras, é positiva porque pode dialogar com os interesses nacionais, com a pesquisa, a indústria, gerando emprego e tecnologia no Brasil", afirmou Santos, em alusão à essa nova empresa.
Segundo o ouvidor, o texto divulgado nesta segunda-feira foi encaminhado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva na última sexta-feira (11), incluindo a parte em que há a sugestão de se “reestruturar” a Anatel.